Bem-vindo!

ESTE BLOG TEM COMO OBJETIVO COMPARTILHAR ATIVIDADES DE PESQUISA DESENVOLVIDAS NO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO ÉTICA, VALORES E CIDADANIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011


VÍDEO-AULA 28- DEPRESSÃO NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA

MÓDULO II - DISCIPLINA: SAÚDE NA ESCOLA

http://youtu.be/iGb0pmKgtUw




 Estão completamente erradas as pessoas que dizem: “crianças não ficam deprimidas porque não têm problemas”. E quem disse que precisa de problemas para ter depressão? Os problemas trazem tristeza, ansiedade e angústia. É claro que as vivências podem agravar nosso estado de humor, mas depressão é outra coisa. É uma doença, um transtorno do afeto, é um desarranjo cerebral funcional e tem uma base bioquímica .
Existe sim depressão na criança, porém, trata-se de um quadro atípico. Dificilmente veremos uma criança queixando de angústia, um vazio dentro de si, um medo indefinido, insegurança, autoestima baixa, perda de prazer com as coisas, perspectivas futuras sombrias... Isso é discurso depressivo típico e de adultos. Na criança a depressão é completamente diferente.
Outro fator que compromete o entendimento da depressão infantil é a grande diferença entre seus sintomas e os sintomas da depressão do adulto. Enquanto o adulto deprimido consegue falar sobre seus sentimentos, deixando clara a tonalidade depressiva de seu afeto e, conseqüentemente, de seus sintomas depressivos, a criança não consegue ter essa consciência e sua depressão só pode ser indiretamente suspeitada através de seu comportamento.  Algumas características sobre a depressão infantil: 

1 - Humor instável,
2 - Autodepreciação,
3 - Agressividade ou irritação,
4 - Distúrbios do sono,
5 - Queda no desempenho escolar,
6 - Diminuição da socialização,
7 - Modificação de atitudes em relação à escola,
8 - Perda da energia habitual, do apetite e/ou do peso.

Na criança e adolescente a forma atípica desse transtorno afetivo esconde os verdadeiros sentimentos depressivos sob uma máscara de irritabilidade, agressividade, hiperatividade e rebeldia. As crianças mais novas, devido a incapacidade para comunicar verbalmente seu verdadeiro estado emocional, manifestam a depressão de forma mais atípica ainda, notadamente com hiperatividade.
A depressão na criança pode ser inicialmente percebida como perda de interesse pelas atividades habitualmente interessantes, como uma espécie de aborrecimento constante diante dos jogos, brincadeiras, esportes, sair com os amigos, etc., além dessa apatia, preguiça e redução significativa da atividade, às vezes pode haver tristeza, mas essa não é a regra geral.
De forma complementar aparecem sintomas muito significativos, como por exemplo,  diminuição da atenção e da concentração, perda da confiança em si mesmo, sentimentos de inferioridade e baixa autoestima, ideias de culpa e inutilidade, tendência ao pessimismo, transtornos do sono e da alimentação e, dependendo da gravidade do quadro, até ideação suicida.


Sintomas

Depressão Infantil não se traduz, invariavelmente, por tristeza e outros sintomas típicos dos adultos, como foi dito acima. É muito importante saber que existem momentos nos quais as crianças podem estar tristes, irritadas ou aborrecidas em resposta a vivências circunstanciais. Essas manifestações emocionais nada têm a ver com depressão, pois são fisiológicas, fugazes e passageiras. Entretanto, pode-se suspeitar de algum componente depressivo quando essas manifestações de aborrecimento, birra, irritação, inquietação ou outros rompantes são constantes e frequentes, quase caracterizando uma maneira dessa criança ser e reagir.
Nas crianças e adolescentes é comum a depressão ser acompanhada também de sintomas físicos, tais como fadiga, perda de apetite, diminuição da atividade, queixas inespecíficas, tais como cefaléias, lombalgia, dor nas pernas, náuseas, vômitos, cólicas intestinais, vista escura, tonturas, etc. A Depressão na Infância e Adolescência costuma se manifestar ainda por insônia, choro, baixa concentração, irritabilidade, rebeldia, tiques, medos lentidão psicomotora, problemas de memória, desesperança, ideações e tentativas de suicídio. A tristeza pode ou não estar presente.
Na esfera do comportamento, a Depressão na Infância e Adolescência pode causar deterioração nas relações interpessoais, familiares e sociais, perda de interesse por pessoas e isolamento. As alterações cognitivas da Depressão Infantil, principalmente relacionadas à atenção, raciocínio e memória interferem sobremaneira no rendimento escolar.


SINAIS E SINTOMAS SUGESTIVOS DE DEPRESSÃO INFANTIL
1- Mudanças de humor significativa
2- Diminuição da atividade e do interesse
3- Queda no rendimento escolar, perda da atenção
4- Distúrbios do sono
5- Aparecimento de condutas agressivas
6- Auto-depreciação
7- Perda de energia física e mental
8- Queixas somáticas
9- Fobia escolar
10- Perda ou aumento de peso
11- Cansaço matinal
12- Aumento da sensibilidade (irritação ou choro fácil)
13- Negativismo e Pessimismo
14- Sentimento de rejeição
15- Idéias mórbidas sobre a vida
16- Enurese e encoprese (urina ou defeca na cama)
17- Condutas anti-sociais e destrutivas
18- Ansiedade e hipocondria


O sintoma de desinteresse proporcionado pela depressão é de origem emocional, é a perda do prazer ou gosto em fazer as coisas e acaba resultando em abandono de atividades antes prazerosas. A criança com tal desinteresse torna-se mais retraída, apática e isolada. O sintoma de desânimo, por sua vez, é físico, e surge como uma perda da energia global, geralmente confundida com preguiça e responsável por muitos exames de sangue em busca de uma anemia que não se confirma.
Na depressão infantil podem existir explosões emocionais desproporcionais aos estímulos, bem como rebeldia, birra, implicância, atitudes de oposição. Entretanto, é muito importante determinar se esses sintomas estão, de fato, relacionados com um quadro depressivo ou se são parte das ebulições emocionais normais do desenvolvimento infantil.
Para se estabelecer o diagnóstico de Depressão na criança é necessário avaliar sua situação familiar, existencial, o nível de maturidade emocional e, principalmente, a autoestima. Além das entrevistas com a criança, é importante observar sua conduta segundo informações dos pais, professores e outros colegas médicos ou psicólogos, atribuindo pesos adequados a cada uma dessas informações.

Disforia e Depressão

Uma variação afetiva menos grave que a depressão, mas que também pode necessitar cuidados especiais, é a chamada Disforia. A Disforia é uma oscilação do humor comum e cotidiana sem conotação de doença depressiva franca. Trata-se de respostas afetivas bastante expressivas aos eventos diários e, embora sejam emocionalmente exuberantes, tais reações são breves e não comprometem significativamente a adaptação social, escolar e familiar. Se a preferência é chamar as crianças disfóricas de crianças sensíveis ou exageradamente sentimentais pode e não se vê diferença conceitual entre a Disforia das crianças com a Distimia dos adultos.

Na realidade, a Disforia é um sentimento de tristeza, angústia e abatimento emocional desproporcional que pode surgir sem motivo aparente ou em decorrência dos problemas existenciais normais e cotidianos, tais como as correções dos pais, desentendimentos com irmãos, aborrecimentos na escola, frustrações variadas, etc. A diferença entre Disforia e Depressão é em relação à evolução benigna da Disforia, o que nem sempre acontece no quadro depressivo.
http://www.psiqweb.med.br/site/FBArquivos/NO/00000339/00000339_744.jpg 

Comparativamente, existe maior dificuldade adaptativa da criança disfórica na lida com as exigências da vida, como por exemplo, diante das mudanças, seja de escola, de babá, de cama, de quarto, ou diante da chegada de um irmãozinho, ou quando precisa esperar... A recuperação das vivências estressantes do cotidiano é mais demorada na criança com Disforia do que na criança normal e, apesar dessas pequenas dificuldades, a Disforia não tem nunca o mesmo grau de gravidade da depressão franca.
 http://www.psiqweb.med.br/site/FBArquivos/NO/00000339/00000339_743.jpg




Tratamento

Ao se pensar no tratamento o passo mais importante é a certeza do diagnóstico. Depois de diagnosticada depressão infantil é necessário avaliar o grau da doença e sua origem. Nas crianças menores a probabilidade de existir forte componente orgânico é maior, principalmente se houver antecedentes familiares de transtorno afetivo. Nas crianças de idade escolar para frente a depressão pode ser também reativa, ou seja, desencadeada ou determinada por questões vivenciais.
As eventuais associações ou complicações do quadro depressivo, sejam causas ou conseqüências, devem ser avaliadas para eventuais abordagens por profissionais especializados, paralelamente ao tratamento médico-psiquiátrico (bulling, violência física, sexual, maus tratos, falhas educacionais, prejuízos acadêmicos, etc.).
O tratamento da criança deprimida deve ser iniciado o mais precoce possível, antecedido por avaliação do grau da depressão e possível definição do tipo e tempo do tratamento. Para as crianças mais novas, pré-escolares, se a depressão for mais leve recomenda-se a terapia cognitivo-comportamental, de preferência para paciente e família, ou o chamado treinamento de necessidades sociais, que é semelhante à terapia cognitivo-comportamental, porém, com grande enfoque em atividades abertas e desenvolvimento de habilidades específicas, além da psicoterapia com foco no relacionamento familiar.
Nos casos de depressão mais severa deve-se indicar um tratamento psicológico mais intensivo e muitas vezes medicamentoso. Nessa faixa etária precoce, em torno dos 6 anos, na vigência de complicações importantes, tais como anorexia, sintomas de TOC, ideação suicida, apatia extrema, sintomas psicóticos de origem afetiva, os medicamentos antidepressivos poderão ser imprescindíveis.


Sugestão de leitura:

Ballone GJDepressão Infantil, in. PsiqWeb, Internet, disponível em: www.psiqweb.med.br, 2010.


REFERÊNCIAS

Vídeo-aula 28: A depressão na infância e na adolescência ministrada pela professora Paula Fernandes da Unicamp.





VÍDEO-AULA 27- STRESS E ANSIEDADE NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA




MÓDULO II - DISCIPLINA: SAÚDE NA ESCOLA



http://youtu.be/AfRnhs_woO4




COMO LIDAR COM O STRESS NA CRIANÇA

Marilda Emmanuel Novaes Lipp

O stress, que é uma reação do organismo frente a situações muito difíceis ou muito excitantes, também pode ocorrer em crianças de qualquer idade, independentemente do sexo. Ele pode se manifestar através de sintomas físicos ou psicológicos. Muito freqüentemente, os pais não sabem reconhecer que seu filho está estressado. A criança, que não consegue saber claramente o que está sentindo, passa como sendo malcriada ou birrenta, quando na verdade ela está sofrendo a ação nefasta do stress excessivo.
Os sintomas físicos mais comuns de stress infantil são:
  • Dor de barriga;
  • Diarréia;
  • Tique nervoso;
  • Dor de cabeça;
  • Náusea;
  • Hiperatividade;
  • Enurese noturna (xixi na cama);
  • Gagueira;
  • Tensão muscular;
  • Ranger de dentes;
  • Falta de apetite;
  • Mãos frias e suadas.
Os sintomas psicológicos do stress infantil são:
  • Terror noturno;
  • Introversão súbita;
  • Medo ou choro excessivo;
  • Agressividade;
  • Impaciência;
  • Pesadelos;
  • Ansiedade;
  • Dificuldades interpessoais;
  • Desobediência;
  • Insegurança;
  • Hipersensibilidade.
Vale lembrar que nenhum sintoma isolado pode ser interpretado como sinal de stress. É importante verificar se vários sintomas estão ocorrendo juntos
O stress não tratado e prolongado pode levar a uma série de doenças e problemas de adaptação, inclusive na escola. Além disso, a criança que não aprende a lidar com a tensão quase sempre se torna um adulto vulnerável ao stress. Por isso, é sempre melhor aprender a lidar com os problemas quando se é ainda bem jovem, embora na idade adulta também possa se adquirir técnicas de controle do stress.
O que causa stress infantil:
  • Morte na família;
  • Brigas constantes entre os pais;
  • Separação de pais;
  • Mudança de cidade ou escola;
  • Escolas ruins;
  • Professores inadequados;
  • Atividades em excesso;
  • Viagens longas .
Como ajudar:
  • Tente identificar o que está estressando seu filho. Se possível, diminua a pressão que ele está sofrendo.
  • Não o poupe em demasia. A criança que é muito protegida não desenvolve imunidade ao stress.
  • O stress deve ser proporcional à idade e ao amadurecimento da criança. Quando não for possível protegê-lo do stress excessivo (como no caso de uma morte na família, mudança de cidade etc), necessário se torna fortalecer a criança para lidar do melhor modo possível com a situação.
Condensado do Livro "Como Enfrentar o Stress Infantil", de Marilda Novaes Lipp e colaboradores (Editora Ícone)



VÍDEO-AULA 26: UH-BATUK-ERÊ: UMA AÇÃO DE COMUNIDADE




                                      MÓDULO II - DISCIPLINA:  EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA



UH-BATUK-ERÊ
http://www.polocultural.com.br/polo/images/batuk_02.jpg
http://www.polocultural.com.br/polo/images/batuk_01.jpg


Desde 2006, a ONG Polo Cultural Educação e Arte é parceira do UH-BATUK-ERÊ, grupo formado por cerca de 50 jovens, moradores da região Norte da cidade de São Paulo, e que são alunos e ex-alunos da EMEF Esmeralda Salles Pereira Ramos, localizada no bairro do Tremembé. O grupo tem como foco a reafirmação da identidade afro-brasileira e indígena do povo brasileiro, por meio do aprendizado de técnicas de percussão, dança, canto e de apresentações internas e externas à escola, em vários pontos da cidade de São Paulo.







https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAleTKavp-uThvwjpiyWrcLnQsJwdJM4DDaWrCbQ9zNMgLPp-L1ioQp0RAY87pBPh7cf_JoCfSLcXUOpigGlUSUNab6yP-FQPWMXb4MJdFJrM4jCK0Gw4fWkiahmU-9LZrts-Fk4oK9Pk/s320/tambor.jpg



O UH-BATUK-ERÊ, juntamente com a ONG Polo Cultural, oferece aos estudantes atividades que compõem os eixos temáticos:
  1. Canto e Oralidade na cultura Afro-Brasileira;
  2. Identidades e Culturas Afro-Indígenas e de seus descendentes na escola;
  3. Dança e Capoeira como expressão nos espaços da escola;
  4. Protagonismo Juvenil na Organização de eventos, apoio e parcerias;
  5. Artesanato - Arte Popular e suas manifestações.
A formação do UH-BATUK-ERÊ se deu em setembro de 2005, quando o idealizador do grupo, o professor Edson Azevedo, reuniu os primeiros participantes. A partir do segundo ano de atividade, alguns dos membros passaram a atuar atuam como agentes multiplicadores: são ex-alunos da escola que se mantiveram vinculados ao UH-BATUK-ERÊ, dentre eles jovens que atuam no grupo desde sua fundação e que assimilaram a importância da herança africana e indígena, diretamente ligada à cultura de nosso País.

REFERÊNCIAS


Vídeo-aula 26: Uh-Batuk-Erê: uma ação de comunidade ministrada pelo professor Edson Azevedo da Rede Municipal do Ensino de São Paulo.


VÍDEO-AULA 25- RELAÇÕES COM AS COMUNIDADES E A POTÊNCIA DO TRABALHO EM REDE

                                        MÓDULO II - DISCIPLINA:  EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA







                                               http://ricardocampos.files.wordpress.com/2011/11/rede.jpg




Neste fim de século verifica-se uma tendência mundial ao acirramento das diferenças socio-econômicas e de divergências étnico-culturais. O processo de globalização abre fronteiras de forma desordenada, gerando o desemprego estrutural e intensificando o racismo, a marginalidade e a violência.
O processo de redemocratização da sociedade brasileira, seguido pelo incremento da globalização da economia, impôs à população fenômenos expressivos da debilidade do Estado, incapaz de atender às demandas sociais, enquanto que o mito da regulação econômica faz agigantar as já enormes injustiças sociais, típicas do país.
No cotidiano da vida atual é possível ver as tensões existentes nas relações sociais e que se mostram difíceis de superar.

Tensões

- cultura de massa x cultura local: tornar-se cidadão do mundo sem perder referências e pertencimento à comunidade de origem;
- tradição x modernidade: construir sua autonomia em dialética com a liberdade e a evolução do outro, dominar o progresso científico;
- competição x igualdade de oportunidades: conciliar a competição que estimula, a cooperação que força e a solidariedade que une.


O trabalho em rede tem por objetivos:

  • Potencializar os recursos da comunidade
  • Fortalecer a implicação dos diferentes atores de uma comunidade
  • Problematizar as questões emergentes da comunidade coletivamente
  • Identificar estratégias de enfrentamento compartilhadas


REFERÊNCIAS


Vídeo-aula 25: Relações com as comunidades e a potência do trabalho em rede ministrada pela professora Patrícia Junqueira Grandino da Universidade de São Paulo.


VÍDEO-AULA 24- MÍDIA E COMPORTAMENTO






MÓDULO II - DISCIPLINA: SAÚDE NA ESCOLA





O VÍDEO ABAIXO MOSTRA O QUANTO A MÍDIA INFLUENCIA O NOSSO COMPORTAMENTO NA SOCIEDADE ATUAL.



http://youtu.be/nh9ab7TTkPQ




REFERÊNCIAS




Vídeo-aula 24:  Mídia e comportamento ministrada pela professora Lília de Souza Li da Universidade de São Paulo.


VÍDEO-AULA 23- USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

MÓDULO II - DISCIPLINA: SAÚDE NA ESCOLA

http://flor-essencia.blogspot.com/2010/12/2-video-aula-23-uso-de-substancias.html 

As drogas ou substâncias psicoativas são substâncias diferentes e classificadas em virtude de diferentes critérios:

  • Lícitas: como exemplos têm o álcool (proibido o consumo para menores de 18 anos) e tabaco (fumar em lugares fechados);
  • Ilícitas: cocaína, crack, maconha e outras as quais agem diminuindo a ansiedade, provocando relaxamento, “desligamento” dos problemas e alegrias.




As substâncias psicoativas  agem no Sistema Nervoso Central e trazem alterações que provocam sensações agradáveis.
Os jovens ou os adolescentes procuram as substância psicoativas para atender a sua necessidade, seja para ficar alegre, com o intuito do alucinógeno, tranquilidade, relaxamento.





Tabela 1: Critérios diagnósticos da CID-10 para a síndrome de dependência de substâncias psicoativas

<><><><>
Um diagnóstico definitivo de dependência deve ser estabelecido apenas quando 3 ou mais dos seguintes fatores foram experimentados ou exibidos em algum momento durante o ano anterior:
Um forte desejo ou senso de compulsão para consumir a substância
Dificuldades de controlar o comportamento de uso da substância quanto ao seu início, final ou níveis de uso
Um estado de abstinência fisiológica quando o uso da substância é interrompido ou reduzido, conforme evidenciado pela síndrome de abstinência característica da substância ou pelo uso da mesma substância a fim de evitar ou aliviar os sintomas de abstinência
Evidência de tolerância, de modo que doses crescentes da substância psicoativa são necessárias para obter efeitos originalmente produzidos por doses menores
Desinteresse progressivo por atividades ou prazeres alternativos em favor do uso de substância psicoativa; aumento do tempo necessário para obter ou usar a substância ou para se recuperar de seus efeitos
Persistência no uso da substância a despeito de evidências claras de consequências danosas
Fonte: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1545/dependencia_de_substancias_psicoativas.htm




USO DE DROGAS ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES


A experimentação de substâncias ilícitas é um fenômeno da juventude. A maioria das pessoas que utilizaram algum tipo de substância ao menos uma vez na vida, o fizeram nessa fase.

Independentemente da população estudada, as drogas mais consumidas são álcool e tabaco. Estudos brasileiros demonstram que 65% dos estudantes do ensino fundamental II e médio fizeram uso de álcool pelo menos uma vez na vida. Nos EUA, estes índices chegam a 90% e são semelhantes aos índices encontrados no Brasil para menores em situação de rua.

A experimentação, por si só, não constitui um comportamento patológico do adolescente. Ela está incluída numa atitude global de busca por novas experiências que lhe façam sentido, na construção de uma identidade. Entretanto, alguns fatores de risco estão associados à manutenção deste uso:


· a curiosidade natural do adolescente é um dos fatores de risco mais importantes, posto ser o que o move para experimentar a substância, estando assim sob risco de desenvolver dependência;

· o fácil acesso às drogas e as oportunidades de uso;

· ser do sexo masculino (meninos experimentam mais do que as meninas);

· influência de modismos;

· condições familiares, tanto pelo aspecto genético (filhos de pais dependentes apresentam 4 vezes mais chance de o serem também) quanto pelos aspectos ambientais, fortemente correlacionados com o início do uso;

· uso de drogas por pais e/ou amigos;

· relacionamento ruim com os pais;

· fatores internos do adolescente, como insatisfação e não-realização em suas atividades, insegurança, baixa autoestima e sintomas depressivos;

· baixo desempenho escolar.


O uso de drogas afeta diretamente o desenvolvimento da criança e do adolescente, principalmente com relação às funções cognitivas, capacidade de julgamento, humor e os relacionamentos interpessoais. Quanto mais precoce o início do uso, maiores as deficiências nestas áreas.

Quando comparamos populações de adolescentes e adultos que procuraram tratamento para dependência de drogas, vemos que os adolescentes, em geral, começam o consumo de substâncias mais precocemente que os adultos, e também iniciam o tratamento com menor tempo de uso. Apresentam maior prevalência de abuso de múltiplas substâncias e, com muito menor frequência, apresentam sintomas físicos de abstinência.

Com relação ao tratamento, deve-se sempre proceder a uma avaliação clínica, neurológica e psíquica do adolescente, pesquisando-se condições associadas ou decorrentes do uso de drogas. Estas condições devem receber tratamento específico. A minuciosa análise dos fatores de risco pode ajudar no planejamento terapêutico.

Nunca devemos esquecer que o adolescente ainda está em processo de desenvolvimento e qualquer tratamento proposto deve respeitar esta condição. Um dos principais pontos do tratamento de adolescentes dependentes de drogas é auxiliá-los a se manterem abstinentes. Para isso, é necessário o envolvimento da família, que funciona como um limite externo concreto, inviabilizando o acesso do adolescente às drogas.

Abordagens psicoterápicas, individual ou em grupo, devem ser propostas. Parece haver uma maior adesão dos adolescentes à psicoterapia em grupo. A família também deve ser encaminhada para atendimento psicológico, para que sejam identificados os pontos de fragilidade em acolher o adolescente usuário de drogas.

O uso de medicações está indicado para duas situações: tratamento de sintomas-alvo e/ou comorbidades (antidepressivos para sintomas depressivos ou depressão associada, benzodiazepínicos para sintomas ansiosos etc.) e na abordagem inicial dos sintomas de abstinência (em geral, utiliza-se benzodiazepínicos de ação prolongada por curto período, já que a abstinência, quando presente, é bastante rápida).


TÓPICOS IMPORTANTES


· O consumo de substâncias psicoativas é um sério problema de saúde pública mundial. Seu uso deve sempre ser investigado por todos profissionais de saúde. Os quadros de intoxicação e abstinência devem ser reconhecidos e tratados adequadamente, visando ao alívio dos sintomas e prevenção de complicações.

· Quando do diagnóstico de dependência química, o paciente deve ser avaliado cuidadosamente para a detecção de complicações e co-morbidades associadas. Para o tratamento das síndromes de dependência de substâncias psicoativas, a combinação de técnicas de psicoterapia e medidas farmacológicas parece ser a estratégia mais efetiva.

· A população de adolescentes é especialmente vulnerável à experimentação de drogas. Esta, por si só, não constitui comportamento patológico, mas alguns fatores de risco podem induzir à manutenção do uso. Qualquer medida terapêutica instituída para esta faixa etária deve respeitar a questão do desenvolvimento, que ainda não está completo nestes pacientes, e viabilizar a inclusão da família no tratamento.

Fonte: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1545/dependencia_de_substancias_psicoativas.htm


VÍDEO-AULA 22- LAZER, JUVENTUDE E ESPORTES

  MÓDULO II - DISCIPLINA:  EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA




http://1.bp.blogspot.com/-ces4jtKxESU/Tfdwo2CgzMI/AAAAAAAAAJ4/5ZbzFKqJ0gQ/s1600/Juventude+e+esporte.jpg


As mudanças sociais advindas de todos  os campos das relações humanas: globalização, tecnologia, meio ambiente, comportamento, entre outras, se refletem na Educação Física tanto quanto em outras  áreas. Atualmente um aspecto que tem chamado a atenção são as atividades de risco praticadas como lazer, esporte ou educação em que o movimento é o elemento central dessa cultura.  
A lógica racional que orientou muitas práticas esportivas até o fim do século, caracterizada pelas regras  institucionalizadas dos jogos e atividades motoras com busca de recordes, está recebendo influências de outros sentidos humanos como: as sensações que o movimento proporciona, os sentimentos com os quais os praticantes devem se confrontar para experimentar a atividade e a intuição agora é valida como elemento essencial na tomada de decisão. Há sem dúvida uma porta aberta para a descoberta de um novo significado para o esporte.
Portanto é dentro da complexidade contemporânea que deve ser discutida a relação do esporte, da atividade física e da aventura radical que se engendra nesse novo sistema. Será a partir dessa reflexão sobre o conceito, as idéias e a interpretação que poderemos realmente compreendê-las e participar delas sem descaracterizá-las ou transformá-las no mesmo objeto que tradicionalmente conhecemos como esporte. 
Nas vivências corporais de lazer na natureza percebe-se uma complexidade e também a tendência para atribuir a essas novas práticas um caráter peculiar sintonizado com os padrões culturais, sociais, éticos e estéticos emergentes no mundo contemporâneo. (VILAVERDE, 2000, apud, PEREIRA; ARMBRUST; RICARDO, 2008).


Cultura e identidade de grupo:
-Espaço físico
-Grupos/ Tribos/ Gênero
-Rixas
-Linguagem
-Vestimenta
-Música
A indústria cultural se aproveita muito desses elementos.
O que é dito nas pistas dos skatistas,  a forma de linguagem, vem para a realidade do dia a dia e esse jovem se expressa assim na escola.

Lazer do jovem:
-Compreensão das múltiplas experiências do lazer vivenciadas pelo jovem no seu tempo livre.
-Momentos de acentuada relevância em termos de valores e expressão, de signos sociais.
-Cultura juvenil multifacetada e em constante transformação.

REFERÊNCIAS


PEREIRA, Dimitri Wuo; ARMBRUST, Igor; RICARDO, Denis Prado. Esportes Radicaisde Aventura e Ação, conceitos, classificações e características.  Corpoconsciência. Santo André – SP, FEFISA, v. 12, n. 1, 2008, p. 37 - 55.  


Vídeo-aula 22: Lazer, juventude e esportes ministrada pelo professor Ricardo Uvinha da Universidade de São Paulo.