VÍDEO-AULA 23- USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
MÓDULO II - DISCIPLINA: SAÚDE NA ESCOLA
http://flor-essencia.blogspot.com/2010/12/2-video-aula-23-uso-de-substancias.html
As drogas ou substâncias psicoativas são substâncias diferentes e classificadas em virtude de diferentes critérios:
As drogas ou substâncias psicoativas são substâncias diferentes e classificadas em virtude de diferentes critérios:
- Lícitas: como exemplos têm o álcool (proibido o consumo para menores de 18 anos) e tabaco (fumar em lugares fechados);
- Ilícitas: cocaína, crack, maconha e outras as quais agem diminuindo a ansiedade, provocando relaxamento, “desligamento” dos problemas e alegrias.
As substâncias psicoativas agem no Sistema Nervoso Central e trazem alterações que provocam sensações agradáveis.
Os jovens ou os adolescentes procuram as substância psicoativas para atender a sua necessidade, seja para ficar alegre, com o intuito do alucinógeno, tranquilidade, relaxamento.
Tabela 1: Critérios diagnósticos da
CID-10 para a síndrome de dependência de substâncias psicoativas
Um
diagnóstico definitivo de dependência deve ser estabelecido apenas quando 3 ou
mais dos seguintes fatores foram experimentados ou exibidos em algum momento
durante o ano anterior:
|
Um forte desejo
ou senso de compulsão para consumir a substância
|
Dificuldades de
controlar o comportamento de uso da substância quanto ao seu início, final ou
níveis de uso
|
Um estado de
abstinência fisiológica quando o uso da substância é interrompido ou reduzido,
conforme evidenciado pela síndrome de abstinência
característica da substância ou pelo uso da mesma substância a fim de evitar ou
aliviar os sintomas de abstinência
|
Evidência de
tolerância, de modo que doses crescentes da substância psicoativa são
necessárias para obter efeitos originalmente produzidos por doses
menores
|
Desinteresse
progressivo por atividades ou prazeres alternativos em favor do uso de
substância psicoativa; aumento do tempo necessário para obter ou usar a
substância ou para se recuperar de seus efeitos
|
Persistência no
uso da substância a despeito de evidências claras de consequências
danosas
|
USO DE DROGAS ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
A experimentação
de substâncias ilícitas é um fenômeno da juventude. A maioria das pessoas que
utilizaram algum tipo de substância ao menos uma vez na vida, o fizeram nessa
fase.
Independentemente da população
estudada, as drogas mais consumidas são álcool e tabaco. Estudos brasileiros
demonstram que 65% dos estudantes do ensino fundamental II e médio fizeram uso
de álcool pelo menos uma vez na vida. Nos EUA, estes índices chegam a 90% e são
semelhantes aos índices encontrados no Brasil para menores em situação de
rua.
A
experimentação, por si só, não constitui um comportamento patológico do
adolescente. Ela está incluída numa atitude global de busca por novas
experiências que lhe façam sentido, na construção de uma identidade. Entretanto,
alguns fatores de risco estão associados à manutenção deste uso:
·
a
curiosidade natural do adolescente é um dos fatores de risco mais importantes,
posto ser o que o move para experimentar a substância, estando assim sob risco
de desenvolver dependência;
·
o fácil
acesso às drogas e as oportunidades de uso;
·
ser do sexo
masculino (meninos experimentam mais do que as meninas);
·
influência
de modismos;
·
condições
familiares, tanto pelo aspecto genético (filhos de pais dependentes apresentam 4
vezes mais chance de o serem também) quanto pelos aspectos ambientais,
fortemente correlacionados com o início do uso;
·
uso de
drogas por pais e/ou amigos;
·
relacionamento ruim com os
pais;
·
fatores
internos do adolescente, como insatisfação e não-realização em suas atividades,
insegurança, baixa autoestima e sintomas depressivos;
·
baixo
desempenho escolar.
O uso de drogas
afeta diretamente o desenvolvimento da criança e do adolescente, principalmente
com relação às funções cognitivas, capacidade de julgamento, humor e os
relacionamentos interpessoais. Quanto mais precoce o início do uso, maiores as
deficiências nestas áreas.
Quando
comparamos populações de adolescentes e adultos que procuraram tratamento para
dependência de drogas, vemos que os adolescentes, em geral, começam o consumo de
substâncias mais precocemente que os adultos, e também iniciam o tratamento com
menor tempo de uso. Apresentam maior prevalência de abuso de múltiplas
substâncias e, com muito menor frequência, apresentam sintomas físicos de
abstinência.
Com relação ao
tratamento, deve-se sempre proceder a uma avaliação clínica, neurológica e
psíquica do adolescente, pesquisando-se condições associadas ou decorrentes do
uso de drogas. Estas condições devem receber tratamento específico. A minuciosa
análise dos fatores de risco pode ajudar no planejamento terapêutico.
Nunca devemos
esquecer que o adolescente ainda está em processo de desenvolvimento e qualquer
tratamento proposto deve respeitar esta condição. Um dos principais pontos do
tratamento de adolescentes dependentes de drogas é auxiliá-los a se manterem
abstinentes. Para isso, é necessário o envolvimento da família, que funciona
como um limite externo concreto, inviabilizando o acesso do adolescente às
drogas.
Abordagens
psicoterápicas, individual ou em grupo, devem ser propostas. Parece haver uma
maior adesão dos adolescentes à psicoterapia em grupo. A família também deve ser
encaminhada para atendimento psicológico, para que sejam identificados os pontos
de fragilidade em acolher o adolescente usuário de drogas.
O uso de
medicações está indicado para duas situações: tratamento de sintomas-alvo e/ou
comorbidades (antidepressivos para sintomas depressivos ou depressão associada,
benzodiazepínicos para sintomas ansiosos etc.) e na abordagem inicial dos
sintomas de abstinência (em geral, utiliza-se benzodiazepínicos de ação
prolongada por curto período, já que a abstinência, quando presente, é bastante
rápida).
TÓPICOS IMPORTANTES
·
O consumo
de substâncias psicoativas é um sério problema de saúde pública mundial. Seu uso
deve sempre ser investigado por todos profissionais de saúde. Os quadros de
intoxicação e abstinência devem ser reconhecidos e tratados adequadamente,
visando ao alívio dos sintomas e prevenção de complicações.
·
Quando do
diagnóstico de dependência química, o paciente deve ser avaliado cuidadosamente
para a detecção de complicações e co-morbidades associadas. Para o tratamento
das síndromes de dependência de substâncias psicoativas, a combinação de
técnicas de psicoterapia e medidas farmacológicas parece ser a estratégia mais
efetiva.
·
A população
de adolescentes é especialmente vulnerável à experimentação de drogas. Esta, por
si só, não constitui comportamento patológico, mas alguns fatores de risco podem
induzir à manutenção do uso. Qualquer medida terapêutica instituída para esta
faixa etária deve respeitar a questão do desenvolvimento, que ainda não está
completo nestes pacientes, e viabilizar a inclusão da família no
tratamento.
Fonte: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1545/dependencia_de_substancias_psicoativas.htm

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