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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011


VÍDEO-AULA 23- USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

MÓDULO II - DISCIPLINA: SAÚDE NA ESCOLA

http://flor-essencia.blogspot.com/2010/12/2-video-aula-23-uso-de-substancias.html 

As drogas ou substâncias psicoativas são substâncias diferentes e classificadas em virtude de diferentes critérios:

  • Lícitas: como exemplos têm o álcool (proibido o consumo para menores de 18 anos) e tabaco (fumar em lugares fechados);
  • Ilícitas: cocaína, crack, maconha e outras as quais agem diminuindo a ansiedade, provocando relaxamento, “desligamento” dos problemas e alegrias.




As substâncias psicoativas  agem no Sistema Nervoso Central e trazem alterações que provocam sensações agradáveis.
Os jovens ou os adolescentes procuram as substância psicoativas para atender a sua necessidade, seja para ficar alegre, com o intuito do alucinógeno, tranquilidade, relaxamento.





Tabela 1: Critérios diagnósticos da CID-10 para a síndrome de dependência de substâncias psicoativas

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Um diagnóstico definitivo de dependência deve ser estabelecido apenas quando 3 ou mais dos seguintes fatores foram experimentados ou exibidos em algum momento durante o ano anterior:
Um forte desejo ou senso de compulsão para consumir a substância
Dificuldades de controlar o comportamento de uso da substância quanto ao seu início, final ou níveis de uso
Um estado de abstinência fisiológica quando o uso da substância é interrompido ou reduzido, conforme evidenciado pela síndrome de abstinência característica da substância ou pelo uso da mesma substância a fim de evitar ou aliviar os sintomas de abstinência
Evidência de tolerância, de modo que doses crescentes da substância psicoativa são necessárias para obter efeitos originalmente produzidos por doses menores
Desinteresse progressivo por atividades ou prazeres alternativos em favor do uso de substância psicoativa; aumento do tempo necessário para obter ou usar a substância ou para se recuperar de seus efeitos
Persistência no uso da substância a despeito de evidências claras de consequências danosas
Fonte: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1545/dependencia_de_substancias_psicoativas.htm




USO DE DROGAS ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES


A experimentação de substâncias ilícitas é um fenômeno da juventude. A maioria das pessoas que utilizaram algum tipo de substância ao menos uma vez na vida, o fizeram nessa fase.

Independentemente da população estudada, as drogas mais consumidas são álcool e tabaco. Estudos brasileiros demonstram que 65% dos estudantes do ensino fundamental II e médio fizeram uso de álcool pelo menos uma vez na vida. Nos EUA, estes índices chegam a 90% e são semelhantes aos índices encontrados no Brasil para menores em situação de rua.

A experimentação, por si só, não constitui um comportamento patológico do adolescente. Ela está incluída numa atitude global de busca por novas experiências que lhe façam sentido, na construção de uma identidade. Entretanto, alguns fatores de risco estão associados à manutenção deste uso:


· a curiosidade natural do adolescente é um dos fatores de risco mais importantes, posto ser o que o move para experimentar a substância, estando assim sob risco de desenvolver dependência;

· o fácil acesso às drogas e as oportunidades de uso;

· ser do sexo masculino (meninos experimentam mais do que as meninas);

· influência de modismos;

· condições familiares, tanto pelo aspecto genético (filhos de pais dependentes apresentam 4 vezes mais chance de o serem também) quanto pelos aspectos ambientais, fortemente correlacionados com o início do uso;

· uso de drogas por pais e/ou amigos;

· relacionamento ruim com os pais;

· fatores internos do adolescente, como insatisfação e não-realização em suas atividades, insegurança, baixa autoestima e sintomas depressivos;

· baixo desempenho escolar.


O uso de drogas afeta diretamente o desenvolvimento da criança e do adolescente, principalmente com relação às funções cognitivas, capacidade de julgamento, humor e os relacionamentos interpessoais. Quanto mais precoce o início do uso, maiores as deficiências nestas áreas.

Quando comparamos populações de adolescentes e adultos que procuraram tratamento para dependência de drogas, vemos que os adolescentes, em geral, começam o consumo de substâncias mais precocemente que os adultos, e também iniciam o tratamento com menor tempo de uso. Apresentam maior prevalência de abuso de múltiplas substâncias e, com muito menor frequência, apresentam sintomas físicos de abstinência.

Com relação ao tratamento, deve-se sempre proceder a uma avaliação clínica, neurológica e psíquica do adolescente, pesquisando-se condições associadas ou decorrentes do uso de drogas. Estas condições devem receber tratamento específico. A minuciosa análise dos fatores de risco pode ajudar no planejamento terapêutico.

Nunca devemos esquecer que o adolescente ainda está em processo de desenvolvimento e qualquer tratamento proposto deve respeitar esta condição. Um dos principais pontos do tratamento de adolescentes dependentes de drogas é auxiliá-los a se manterem abstinentes. Para isso, é necessário o envolvimento da família, que funciona como um limite externo concreto, inviabilizando o acesso do adolescente às drogas.

Abordagens psicoterápicas, individual ou em grupo, devem ser propostas. Parece haver uma maior adesão dos adolescentes à psicoterapia em grupo. A família também deve ser encaminhada para atendimento psicológico, para que sejam identificados os pontos de fragilidade em acolher o adolescente usuário de drogas.

O uso de medicações está indicado para duas situações: tratamento de sintomas-alvo e/ou comorbidades (antidepressivos para sintomas depressivos ou depressão associada, benzodiazepínicos para sintomas ansiosos etc.) e na abordagem inicial dos sintomas de abstinência (em geral, utiliza-se benzodiazepínicos de ação prolongada por curto período, já que a abstinência, quando presente, é bastante rápida).


TÓPICOS IMPORTANTES


· O consumo de substâncias psicoativas é um sério problema de saúde pública mundial. Seu uso deve sempre ser investigado por todos profissionais de saúde. Os quadros de intoxicação e abstinência devem ser reconhecidos e tratados adequadamente, visando ao alívio dos sintomas e prevenção de complicações.

· Quando do diagnóstico de dependência química, o paciente deve ser avaliado cuidadosamente para a detecção de complicações e co-morbidades associadas. Para o tratamento das síndromes de dependência de substâncias psicoativas, a combinação de técnicas de psicoterapia e medidas farmacológicas parece ser a estratégia mais efetiva.

· A população de adolescentes é especialmente vulnerável à experimentação de drogas. Esta, por si só, não constitui comportamento patológico, mas alguns fatores de risco podem induzir à manutenção do uso. Qualquer medida terapêutica instituída para esta faixa etária deve respeitar a questão do desenvolvimento, que ainda não está completo nestes pacientes, e viabilizar a inclusão da família no tratamento.

Fonte: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1545/dependencia_de_substancias_psicoativas.htm

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