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terça-feira, 20 de dezembro de 2011


VÍDEO-AULA 14- A CARTOGRAFIA E A REPRESENTAÇÃO DOS LUGARES

  MÓDULO II - DISCIPLINA:  EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA


A história não se escreve fora do espaço, e não há sociedade 
                                                                         a-espacial. O espaço, ele mesmo, é social.  
                                                                                                            (Milton Santos)



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O mapa é uma forma de linguagem mais antiga que a própria escrita. Povos pré-históricos, que não foram capazes de registrar os acontecimentos em expressões escritas, o fizeram em expressões gráficas, recorrendo ao mapa como modo de comunicação. O mesmo acontece na atualidade com povos primitivos que não contam com um sistema de escrita, mas possuem mapas de suas aldeias e vizinhanças.

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Para Callai (2005) a leitura do mundo é fundamental para que todos nós que vivemos em sociedade possamos exercitar nossa cidadania. A possibilidade de aprender a ler, aprendendo a ler o mundo; e escrever, aprendendo a escrever o mundo e refletir sobre o papel da geografia na escola.
Uma forma de fazer a leitura do mundo é por meio da leitura do espaço, o qual traz em si todas as marcas da vida dos homens. Desse modo, ler o mundo vai muito além da leitura cartográfica, cujas representações refletem as realidades territoriais, por vezes distorcidas por conta das projeções cartográficas adotadas. Fazer a leitura do mundo não é fazer uma leitura apenas do mapa, ou pelo mapa, embora ele seja muito importante. É fazer a leitura do mundo da vida, construído cotidianamente e que expressa tanto as nossas utopias, como os limites que nos são postos, sejam eles do âmbito da natureza, sejam do âmbito da sociedade (culturais, políticos, econômicos).
Ler o mundo da vida, ler o espaço e compreender que as paisagens que podemos ver são resultado da vida em sociedade, dos homens na busca da sua sobrevivência e da satisfação das suas necessidades. Em linhas gerais, esse é o papel da geografia na escola.
Uma das tarefas mais importantes da prática educativo-crítica é propiciar as condições em que os educandos em suas relações uns com os outros ensaiam a experiência profunda de assumir-se. Assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos (...). (PIAGET, 2001, Apud, CALLAI, 2005).


REFERÊNCIAS

 

CALLAI, H. C. Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do ensino fundamental. In: Cad. CEDES vol.25 no.66 Campinas May/Aug. 2005. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-32622005000200006&script=sci_arttext>. Acesso em: 12 dez. 2011.







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