VÍDEO-AULA 18- A VALORIZAÇÃO DA CULTURA CORPORAL DA COMUNIDADE NO CURRÍCULO ESCOLAR
MÓDULO II - DISCIPLINA: EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA
As características do atual momento
histórico no qual a sociedade brasileira busca aprofundar a participação
democrática de todos os grupos que a compõem, apontam para o entendimento de
que a escola pode ser uma instituição determinante desse processo por meio de
um ensino que aborde, valorize e respeite a diversidade cultural. (CASTRO; NEIRA, 2009).
O multiculturalismo é uma realidade que impõe novas responsabilidades à
escola e aos professores. A diversidade é uma riqueza e com a existência de
alunos com diversas heranças culturais obriga a escola a adaptar seu currículo
às culturas que acolhe e com isso, configura-se
em identidade cultural (HALL, 1999, apud, ). Se quisermos uma escola
democrática, seu currículo deverá integrar e dar espaço e voz às culturas
historicamente sufocadas ou silenciadas, bem como concretizar estratégias que
combatam eficazmente os preconceitos (MOREIRA; CANDAU, 2003, apud, ).
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Brincadeiras, danças e cantigas de roda, conforme
WIGGERS, 2005, apud, NEIRA, 2008, fazem parte daquilo que se convencionou
chamar de cultura corporal infantil. Como produto cultural de um determinado
grupo, e fator distintivo das suas gentes, é possível afirmar que essas
práticas corporais constituem-se, antes de qualquer coisa, em um fator
identitário.
O
processo de construção da identidade cultural é bem complexo. É a identidade
que garante ao indivíduo a posse de características que o diferenciam dos
outros, bem como representa a possibilidade de ser reconhecido como membro de
uma comunidade. A participação da dinâmica social, conforme Hall (1999),
implica no compartilhamento de algumas características tais como religião,
etnia, gênero, idade e outras, para a manutenção de vínculos que formam a base
de solidariedade e fidelidade dos diversos grupos culturais.
Os defensores da perspectiva multicultural reafirmam o
princípio de que um bom ensino é aquele que considera seriamente a vida dos
alunos, abrindo espaços para a diversidade de etnias, classes sociais, gêneros
das populações estudantis. O que se propõe é que os educadores investiguem e
recuperem as experiências dos estudantes, analisando seus saberes, suas
práticas culturais e as formas pelas quais suas identidades se inter-relacionam
com essas manifestações. O multiculturalismo insiste que os professores
aprendam a empregar essas experiências de tal maneira que sejam respeitadas por
toda a coletividade. O respeito, nesse caso, deve ser entendido como fruto de
uma intervenção pedagógica que leve os discentes a olhar além de suas próprias
experiências, seja qual for o seu posicionamento no emaranhado da realidade.
REFERÊNCIAS
CASTRO, D. M.; NEIRA, M. G. Cultura corporal e educação indígena- um estudo de caso. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.34, p.234-254, jun.2009. Disponível em:
<http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/34/art16_34.pdf>. Acesso em: 12 dez 2011.
NEIRA, M. G. A cultura corporal popular como conteúdo do currículo multicultural da educação física.Revista Pensar a Prática,v. 11, n. 1, 2008. Disponível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/fef/article/view/1699/3334>. Acesso em: 19 dez 2011.
Vídeo-aula 18:

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