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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011




VÍDEO-AULA 18- A VALORIZAÇÃO DA CULTURA CORPORAL DA COMUNIDADE NO CURRÍCULO ESCOLAR

  MÓDULO II - DISCIPLINA:  EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA


As características do atual momento histórico no qual a sociedade brasileira busca aprofundar a participação democrática de todos os grupos que a compõem, apontam para o entendimento de que a escola pode ser uma instituição determinante desse processo por meio de um ensino que aborde, valorize e respeite a diversidade cultural.  (CASTRO; NEIRA, 2009).





O multiculturalismo é uma realidade que impõe novas responsabilidades à escola e aos professores. A diversidade é uma riqueza e com a existência de alunos com diversas heranças culturais obriga a escola a adaptar seu currículo às culturas que acolhe e  com isso, configura-se em identidade cultural (HALL, 1999, apud, ). Se quisermos uma escola democrática, seu currículo deverá integrar e dar espaço e voz às culturas historicamente sufocadas ou silenciadas, bem como concretizar estratégias que combatam eficazmente os preconceitos (MOREIRA; CANDAU, 2003, apud, ).

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Brincadeiras, danças e cantigas de roda, conforme  WIGGERS, 2005, apud, NEIRA, 2008, fazem parte daquilo que se convencionou chamar de cultura corporal infantil. Como produto cultural de um determinado grupo, e fator distintivo das suas gentes, é possível afirmar que essas práticas corporais constituem-se, antes de qualquer coisa, em um fator identitário.
O processo de construção da identidade cultural é bem complexo. É a identidade que garante ao indivíduo a posse de características que o diferenciam dos outros, bem como representa a possibilidade de ser reconhecido como membro de uma comunidade. A participação da dinâmica social, conforme Hall (1999), implica no compartilhamento de algumas características tais como religião, etnia, gênero, idade e outras, para a manutenção de vínculos que formam a base de solidariedade e fidelidade dos diversos grupos culturais.
Os defensores da perspectiva multicultural reafirmam o princípio de que um bom ensino é aquele que considera seriamente a vida dos alunos, abrindo espaços para a diversidade de etnias, classes sociais, gêneros das populações estudantis. O que se propõe é que os educadores investiguem e recuperem as experiências dos estudantes, analisando seus saberes, suas práticas culturais e as formas pelas quais suas identidades se inter-relacionam com essas manifestações. O multiculturalismo insiste que os professores aprendam a empregar essas experiências de tal maneira que sejam respeitadas por toda a coletividade. O respeito, nesse caso, deve ser entendido como fruto de uma intervenção pedagógica que leve os discentes a olhar além de suas próprias experiências, seja qual for o seu posicionamento no emaranhado da realidade.



REFERÊNCIAS

CASTRO, D. M.; NEIRA, M. G. Cultura corporal e educação indígena- um estudo de caso. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.34, p.234-254, jun.2009. Disponível em: 

NEIRA, M. G. A cultura corporal popular como conteúdo do currículo multicultural da educação física.Revista Pensar a Prática,v. 11, n. 1, 2008. Disponível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/fef/article/view/1699/3334>. Acesso em: 19 dez 2011.

Vídeo-aula 18: 

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