VÍDEO-AULA 28- DEPRESSÃO NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA
MÓDULO II - DISCIPLINA: SAÚDE NA ESCOLA
http://youtu.be/iGb0pmKgtUw
Estão
completamente erradas as pessoas que dizem: “crianças não ficam
deprimidas porque não têm problemas”. E quem disse que precisa de problemas
para ter depressão? Os problemas trazem tristeza, ansiedade e angústia. É claro
que as vivências podem agravar nosso estado de humor, mas depressão é outra
coisa. É uma doença, um transtorno do afeto, é um desarranjo cerebral funcional
e tem uma base bioquímica .
Existe
sim depressão na criança, porém, trata-se de um quadro atípico. Dificilmente
veremos uma criança queixando de angústia, um vazio dentro de si, um medo
indefinido, insegurança, autoestima baixa, perda de prazer com as coisas,
perspectivas futuras sombrias... Isso é discurso depressivo típico e de
adultos. Na criança a depressão é completamente diferente.
Outro
fator que compromete o entendimento da depressão infantil é a grande diferença
entre seus sintomas e os sintomas da depressão do adulto. Enquanto o adulto
deprimido consegue falar sobre seus sentimentos, deixando clara a tonalidade
depressiva de seu afeto e, conseqüentemente, de seus sintomas depressivos, a
criança não consegue ter essa consciência e sua depressão só pode ser
indiretamente suspeitada através de seu comportamento. Algumas
características sobre a depressão infantil:
1 - Humor instável,
2 - Autodepreciação,
3 - Agressividade ou irritação,
4 - Distúrbios do sono,
5 - Queda no desempenho escolar,
6 - Diminuição da socialização,
7 - Modificação de atitudes em relação à escola,
8 - Perda da energia habitual, do apetite e/ou do peso.
Na
criança e adolescente a forma atípica desse transtorno afetivo esconde os
verdadeiros sentimentos depressivos sob uma máscara de irritabilidade,
agressividade, hiperatividade e rebeldia. As crianças mais novas, devido a
incapacidade para comunicar verbalmente seu verdadeiro estado emocional,
manifestam a depressão de forma mais atípica ainda, notadamente com hiperatividade.
A
depressão na criança pode ser inicialmente percebida como perda de interesse
pelas atividades habitualmente interessantes, como uma espécie de aborrecimento
constante diante dos jogos, brincadeiras, esportes, sair com os amigos, etc.,
além dessa apatia, preguiça e redução significativa da atividade, às vezes pode
haver tristeza, mas essa não é a regra geral.
De
forma complementar aparecem sintomas muito significativos, como por
exemplo, diminuição da atenção e da concentração, perda da confiança em
si mesmo, sentimentos de inferioridade e baixa autoestima, ideias de culpa e
inutilidade, tendência ao pessimismo, transtornos do sono e da alimentação e,
dependendo da gravidade do quadro, até ideação suicida.
Sintomas
A Depressão Infantil não se traduz,
invariavelmente, por tristeza e outros sintomas típicos dos adultos, como foi
dito acima. É muito importante saber que existem momentos nos quais as crianças
podem estar tristes, irritadas ou aborrecidas em resposta a vivências
circunstanciais. Essas manifestações emocionais nada têm a ver com depressão,
pois são fisiológicas, fugazes e passageiras. Entretanto, pode-se
suspeitar de algum componente depressivo quando essas manifestações de
aborrecimento, birra, irritação, inquietação ou outros rompantes são constantes
e frequentes, quase caracterizando uma maneira dessa criança ser e reagir.
Nas
crianças e adolescentes é comum a depressão ser acompanhada também de sintomas
físicos, tais como fadiga, perda de apetite, diminuição da atividade, queixas
inespecíficas, tais como cefaléias, lombalgia, dor nas pernas, náuseas,
vômitos, cólicas intestinais, vista escura, tonturas, etc. A Depressão
na Infância e Adolescência costuma se manifestar ainda por insônia,
choro, baixa concentração, irritabilidade, rebeldia, tiques, medos
lentidão psicomotora, problemas de memória, desesperança, ideações e tentativas
de suicídio. A tristeza pode ou não estar presente.
Na
esfera do comportamento, a Depressão na Infância e Adolescência pode
causar deterioração nas relações interpessoais, familiares e sociais, perda de
interesse por pessoas e isolamento. As alterações cognitivas da Depressão
Infantil, principalmente relacionadas à atenção, raciocínio e memória
interferem sobremaneira no rendimento escolar.
SINAIS E SINTOMAS
SUGESTIVOS DE DEPRESSÃO INFANTIL
1- Mudanças de humor significativa
2- Diminuição da atividade e do interesse
3- Queda no rendimento escolar, perda da atenção
4- Distúrbios do sono
5- Aparecimento de condutas agressivas
6- Auto-depreciação
7- Perda de energia física e mental
8- Queixas somáticas
9- Fobia escolar
10- Perda ou aumento de peso
11- Cansaço matinal
12- Aumento da sensibilidade (irritação ou choro fácil)
13- Negativismo e Pessimismo
14- Sentimento de rejeição
15- Idéias mórbidas sobre a vida
16- Enurese e encoprese (urina ou defeca na cama)
17- Condutas anti-sociais e destrutivas
18- Ansiedade e hipocondria
O sintoma
de desinteresse proporcionado pela depressão é de
origem emocional, é a perda do prazer ou gosto em fazer as coisas e acaba
resultando em abandono de atividades antes prazerosas. A criança com tal
desinteresse torna-se mais retraída, apática e isolada. O sintoma de desânimo,
por sua vez, é físico, e surge como uma perda da energia global, geralmente
confundida com preguiça e responsável por muitos exames de sangue em busca de
uma anemia que não se confirma.
Na
depressão infantil podem existir explosões emocionais desproporcionais aos
estímulos, bem como rebeldia, birra, implicância, atitudes de oposição.
Entretanto, é muito importante determinar se esses sintomas estão, de fato,
relacionados com um quadro depressivo ou se são parte das ebulições emocionais
normais do desenvolvimento infantil.
Para
se estabelecer o diagnóstico de Depressão na criança é
necessário avaliar sua situação familiar, existencial, o nível de maturidade
emocional e, principalmente, a autoestima. Além das entrevistas com a criança,
é importante observar sua conduta segundo informações dos pais, professores e
outros colegas médicos ou psicólogos, atribuindo pesos adequados a cada uma
dessas informações.
Disforia
e Depressão
Uma variação afetiva menos grave que a depressão, mas que também
pode necessitar cuidados especiais, é a chamada Disforia.
A Disforia é uma oscilação do humor comum e cotidiana sem
conotação de doença depressiva franca. Trata-se de respostas afetivas bastante
expressivas aos eventos diários e, embora sejam emocionalmente exuberantes, tais
reações são breves e não comprometem significativamente a adaptação social,
escolar e familiar. Se a preferência é chamar as crianças disfóricas de
crianças sensíveis ou exageradamente sentimentais pode e não se vê diferença
conceitual entre a Disforia das crianças com a Distimia dos
adultos.
Na realidade, a Disforia é
um sentimento de tristeza, angústia e abatimento emocional desproporcional
que pode surgir sem motivo aparente ou em decorrência dos problemas
existenciais normais e cotidianos, tais como as correções dos pais,
desentendimentos com irmãos, aborrecimentos na escola, frustrações variadas,
etc. A diferença entre Disforia e Depressão é
em relação à evolução benigna da Disforia, o que nem sempre
acontece no quadro depressivo.
http://www.psiqweb.med.br/site/FBArquivos/NO/00000339/00000339_744.jpg
Comparativamente,
existe maior dificuldade adaptativa da criança disfórica na lida com as
exigências da vida, como por exemplo, diante das mudanças, seja de escola, de
babá, de cama, de quarto, ou diante da chegada de um irmãozinho, ou quando
precisa esperar... A recuperação das vivências estressantes do cotidiano é mais
demorada na criança com Disforia do que na criança normal e,
apesar dessas pequenas dificuldades, a Disforia não tem
nunca o mesmo grau de gravidade da depressão franca.
http://www.psiqweb.med.br/site/FBArquivos/NO/00000339/00000339_743.jpg
Tratamento
Ao se
pensar no tratamento o passo mais importante é a certeza do diagnóstico. Depois
de diagnosticada depressão infantil é necessário avaliar o grau da doença e sua
origem. Nas crianças menores a probabilidade de existir forte componente
orgânico é maior, principalmente se houver antecedentes familiares de
transtorno afetivo. Nas crianças de idade escolar para frente a depressão pode
ser também reativa, ou seja, desencadeada ou determinada por questões
vivenciais.
As
eventuais associações ou complicações do quadro depressivo, sejam causas ou
conseqüências, devem ser avaliadas para eventuais abordagens por profissionais
especializados, paralelamente ao tratamento médico-psiquiátrico (bulling,
violência física, sexual, maus tratos, falhas educacionais, prejuízos
acadêmicos, etc.).
O
tratamento da criança deprimida deve ser iniciado o mais precoce possível,
antecedido por avaliação do grau da depressão e possível definição do tipo e
tempo do tratamento. Para as crianças mais novas, pré-escolares, se a depressão
for mais leve recomenda-se a terapia cognitivo-comportamental, de
preferência para paciente e família, ou o chamado treinamento de
necessidades sociais, que é semelhante à terapia cognitivo-comportamental,
porém, com grande enfoque em atividades abertas e desenvolvimento de
habilidades específicas, além da psicoterapia com foco no relacionamento
familiar.
Nos
casos de depressão mais severa deve-se indicar um tratamento psicológico mais
intensivo e muitas vezes medicamentoso. Nessa faixa etária precoce, em torno
dos 6 anos, na vigência de complicações importantes, tais como anorexia,
sintomas de TOC, ideação suicida, apatia extrema, sintomas psicóticos de origem
afetiva, os medicamentos antidepressivos poderão ser imprescindíveis.
Sugestão de leitura:
REFERÊNCIAS
Vídeo-aula 28: A
depressão na infância e na adolescência ministrada pela professora Paula Fernandes da Unicamp.
VÍDEO-AULA 28- DEPRESSÃO NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA
MÓDULO II - DISCIPLINA: SAÚDE NA ESCOLA
Estão
completamente erradas as pessoas que dizem: “crianças não ficam
deprimidas porque não têm problemas”. E quem disse que precisa de problemas
para ter depressão? Os problemas trazem tristeza, ansiedade e angústia. É claro
que as vivências podem agravar nosso estado de humor, mas depressão é outra
coisa. É uma doença, um transtorno do afeto, é um desarranjo cerebral funcional
e tem uma base bioquímica .
Existe
sim depressão na criança, porém, trata-se de um quadro atípico. Dificilmente
veremos uma criança queixando de angústia, um vazio dentro de si, um medo
indefinido, insegurança, autoestima baixa, perda de prazer com as coisas,
perspectivas futuras sombrias... Isso é discurso depressivo típico e de
adultos. Na criança a depressão é completamente diferente.
Outro
fator que compromete o entendimento da depressão infantil é a grande diferença
entre seus sintomas e os sintomas da depressão do adulto. Enquanto o adulto
deprimido consegue falar sobre seus sentimentos, deixando clara a tonalidade
depressiva de seu afeto e, conseqüentemente, de seus sintomas depressivos, a
criança não consegue ter essa consciência e sua depressão só pode ser
indiretamente suspeitada através de seu comportamento. Algumas
características sobre a depressão infantil:
1 - Humor instável,
2 - Autodepreciação,
3 - Agressividade ou irritação,
4 - Distúrbios do sono,
5 - Queda no desempenho escolar,
6 - Diminuição da socialização,
7 - Modificação de atitudes em relação à escola,
8 - Perda da energia habitual, do apetite e/ou do peso.
2 - Autodepreciação,
3 - Agressividade ou irritação,
4 - Distúrbios do sono,
5 - Queda no desempenho escolar,
6 - Diminuição da socialização,
7 - Modificação de atitudes em relação à escola,
8 - Perda da energia habitual, do apetite e/ou do peso.
Na
criança e adolescente a forma atípica desse transtorno afetivo esconde os
verdadeiros sentimentos depressivos sob uma máscara de irritabilidade,
agressividade, hiperatividade e rebeldia. As crianças mais novas, devido a
incapacidade para comunicar verbalmente seu verdadeiro estado emocional,
manifestam a depressão de forma mais atípica ainda, notadamente com hiperatividade.
A
depressão na criança pode ser inicialmente percebida como perda de interesse
pelas atividades habitualmente interessantes, como uma espécie de aborrecimento
constante diante dos jogos, brincadeiras, esportes, sair com os amigos, etc.,
além dessa apatia, preguiça e redução significativa da atividade, às vezes pode
haver tristeza, mas essa não é a regra geral.
De
forma complementar aparecem sintomas muito significativos, como por
exemplo, diminuição da atenção e da concentração, perda da confiança em
si mesmo, sentimentos de inferioridade e baixa autoestima, ideias de culpa e
inutilidade, tendência ao pessimismo, transtornos do sono e da alimentação e,
dependendo da gravidade do quadro, até ideação suicida.
Sintomas
A Depressão Infantil não se traduz, invariavelmente, por tristeza e outros sintomas típicos dos adultos, como foi dito acima. É muito importante saber que existem momentos nos quais as crianças podem estar tristes, irritadas ou aborrecidas em resposta a vivências circunstanciais. Essas manifestações emocionais nada têm a ver com depressão, pois são fisiológicas, fugazes e passageiras. Entretanto, pode-se suspeitar de algum componente depressivo quando essas manifestações de aborrecimento, birra, irritação, inquietação ou outros rompantes são constantes e frequentes, quase caracterizando uma maneira dessa criança ser e reagir.
Nas
crianças e adolescentes é comum a depressão ser acompanhada também de sintomas
físicos, tais como fadiga, perda de apetite, diminuição da atividade, queixas
inespecíficas, tais como cefaléias, lombalgia, dor nas pernas, náuseas,
vômitos, cólicas intestinais, vista escura, tonturas, etc. A Depressão
na Infância e Adolescência costuma se manifestar ainda por insônia,
choro, baixa concentração, irritabilidade, rebeldia, tiques, medos
lentidão psicomotora, problemas de memória, desesperança, ideações e tentativas
de suicídio. A tristeza pode ou não estar presente.
Na
esfera do comportamento, a Depressão na Infância e Adolescência pode
causar deterioração nas relações interpessoais, familiares e sociais, perda de
interesse por pessoas e isolamento. As alterações cognitivas da Depressão
Infantil, principalmente relacionadas à atenção, raciocínio e memória
interferem sobremaneira no rendimento escolar.
SINAIS E SINTOMAS
SUGESTIVOS DE DEPRESSÃO INFANTIL
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1- Mudanças de humor significativa
2- Diminuição da atividade e do interesse
3- Queda no rendimento escolar, perda da atenção
4- Distúrbios do sono
5- Aparecimento de condutas agressivas
6- Auto-depreciação
7- Perda de energia física e mental
8- Queixas somáticas
9- Fobia escolar
10- Perda ou aumento de peso
11- Cansaço matinal
12- Aumento da sensibilidade (irritação ou choro fácil)
13- Negativismo e Pessimismo
14- Sentimento de rejeição
15- Idéias mórbidas sobre a vida
16- Enurese e encoprese (urina ou defeca na cama)
17- Condutas anti-sociais e destrutivas
18- Ansiedade e hipocondria
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O sintoma
de desinteresse proporcionado pela depressão é de
origem emocional, é a perda do prazer ou gosto em fazer as coisas e acaba
resultando em abandono de atividades antes prazerosas. A criança com tal
desinteresse torna-se mais retraída, apática e isolada. O sintoma de desânimo,
por sua vez, é físico, e surge como uma perda da energia global, geralmente
confundida com preguiça e responsável por muitos exames de sangue em busca de
uma anemia que não se confirma.
Na
depressão infantil podem existir explosões emocionais desproporcionais aos
estímulos, bem como rebeldia, birra, implicância, atitudes de oposição.
Entretanto, é muito importante determinar se esses sintomas estão, de fato,
relacionados com um quadro depressivo ou se são parte das ebulições emocionais
normais do desenvolvimento infantil.
Para
se estabelecer o diagnóstico de Depressão na criança é
necessário avaliar sua situação familiar, existencial, o nível de maturidade
emocional e, principalmente, a autoestima. Além das entrevistas com a criança,
é importante observar sua conduta segundo informações dos pais, professores e
outros colegas médicos ou psicólogos, atribuindo pesos adequados a cada uma
dessas informações.
Disforia
e Depressão
Uma variação afetiva menos grave que a depressão, mas que também pode necessitar cuidados especiais, é a chamada Disforia. A Disforia é uma oscilação do humor comum e cotidiana sem conotação de doença depressiva franca. Trata-se de respostas afetivas bastante expressivas aos eventos diários e, embora sejam emocionalmente exuberantes, tais reações são breves e não comprometem significativamente a adaptação social, escolar e familiar. Se a preferência é chamar as crianças disfóricas de crianças sensíveis ou exageradamente sentimentais pode e não se vê diferença conceitual entre a Disforia das crianças com a Distimia dos adultos.
Na realidade, a Disforia é
um sentimento de tristeza, angústia e abatimento emocional desproporcional
que pode surgir sem motivo aparente ou em decorrência dos problemas
existenciais normais e cotidianos, tais como as correções dos pais,
desentendimentos com irmãos, aborrecimentos na escola, frustrações variadas,
etc. A diferença entre Disforia e Depressão é
em relação à evolução benigna da Disforia, o que nem sempre
acontece no quadro depressivo.
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http://www.psiqweb.med.br/site/FBArquivos/NO/00000339/00000339_744.jpg
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Comparativamente,
existe maior dificuldade adaptativa da criança disfórica na lida com as
exigências da vida, como por exemplo, diante das mudanças, seja de escola, de
babá, de cama, de quarto, ou diante da chegada de um irmãozinho, ou quando
precisa esperar... A recuperação das vivências estressantes do cotidiano é mais
demorada na criança com Disforia do que na criança normal e,
apesar dessas pequenas dificuldades, a Disforia não tem
nunca o mesmo grau de gravidade da depressão franca.
Tratamento
Ao se
pensar no tratamento o passo mais importante é a certeza do diagnóstico. Depois
de diagnosticada depressão infantil é necessário avaliar o grau da doença e sua
origem. Nas crianças menores a probabilidade de existir forte componente
orgânico é maior, principalmente se houver antecedentes familiares de
transtorno afetivo. Nas crianças de idade escolar para frente a depressão pode
ser também reativa, ou seja, desencadeada ou determinada por questões
vivenciais.
As
eventuais associações ou complicações do quadro depressivo, sejam causas ou
conseqüências, devem ser avaliadas para eventuais abordagens por profissionais
especializados, paralelamente ao tratamento médico-psiquiátrico (bulling,
violência física, sexual, maus tratos, falhas educacionais, prejuízos
acadêmicos, etc.).
O
tratamento da criança deprimida deve ser iniciado o mais precoce possível,
antecedido por avaliação do grau da depressão e possível definição do tipo e
tempo do tratamento. Para as crianças mais novas, pré-escolares, se a depressão
for mais leve recomenda-se a terapia cognitivo-comportamental, de
preferência para paciente e família, ou o chamado treinamento de
necessidades sociais, que é semelhante à terapia cognitivo-comportamental,
porém, com grande enfoque em atividades abertas e desenvolvimento de
habilidades específicas, além da psicoterapia com foco no relacionamento
familiar.
Nos
casos de depressão mais severa deve-se indicar um tratamento psicológico mais
intensivo e muitas vezes medicamentoso. Nessa faixa etária precoce, em torno
dos 6 anos, na vigência de complicações importantes, tais como anorexia,
sintomas de TOC, ideação suicida, apatia extrema, sintomas psicóticos de origem
afetiva, os medicamentos antidepressivos poderão ser imprescindíveis.
Sugestão de leitura:
REFERÊNCIAS
Vídeo-aula 28: A
depressão na infância e na adolescência ministrada pela professora Paula Fernandes da Unicamp.


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